sexta-feira, 26 de maio de 2017

olhares para fora

     Era 18:30 de uma simples quinta feira. Eu sentada, em uma poltrona vermelha, com uma xícara de chocolate quente em meu colo, celular em minha mão  direita  e o olhar fixo para a rua.
     Estava em uma cafeteria de esquina, sua faixada toda de vidro com uma porta  vermelha com um sininho que fazia barulho quando alguém abria ou fechava a porta.
    No fundo um balcão de madeira, com um atendente foleando uma revista. A cafeteria possuía cinco mesinhas com cadeiras, vários sofás e poltronas espalhadas.
   Estava frio na rua todos andavam de casaco e até cachecóis.
     Nunca tinha visto a rua tão movimentada, pessoas correndo de um lado para outro, carros passando no sinal vermelho, buzinas de irritados motoristas. Porém no meio de toda essa movimentação  um menino, sentado em uma mureta, tocando violão e cantarolando como se nada tivesse acontecendo. ele usava uma jaqueta jeans, blusa e calca preta  e um gorro vinho.
    Todos os que passavam na rua o olhavam com ar de estranhamento, alguns até o mandavam calar a boca, ele não  ligava. depois de meia hora se levantou e foi andando lentamente até sumir de vista.
     um pouco depois passou uma  moça andando de bicicleta ela parou no meio da rua,os carro buzinaram, ela não se mexeu.
     Uma pequena banda,formada por  um violonista , um trompetista e um pianista,que arrastava um pequeno pino com a ajuda dos outros músico. se posicionaram na calçada.
    eu olhei espantada, coloquei a xícara na mesa e olhei atentamente para fora.
    O  atendente largou a revista,e se juntou a mim.
  O moço  do violão voltou e ao ver a menina se assustou, a moça  correu até ele e  ajoelhou com lagrimas no rosto, a banda começou a tocar '' all we need is love'' dos beatles. ela tirou uma caixinha  da sexta da bicicleta que esteva sobre o chão. a caixinha possuía uma palheta de violão. Nesse momento a banda ergueu um cartaz escrito '' VOCÊ CASA COMIGO ''.
    Os dois se beijaram e ficaram ali por um tempo.
Agora aquela rua movimentada não existia mais, as pessoas do carro aplaudiam e todos que passavam paravam para olhar.
   Eu, comecei a rir sozinha, essa com certeza não era uma simples quarta feira

terça-feira, 2 de maio de 2017

SAUDADE

SAUDADE.  Para mim saudade é uma palavra que tem impacto, pode ser bom, pode ser ruim, pode destruir, pode renovar.


     Saudade tem vários tipos, as vezes sentimos saudades de um objeto, como quando as crianças perdem o seu bicho de pelúcia preferido, ou a chupeta, elas choram por dias ou por segundos até esquecer e arrumar um novo brinquedo ou uma outra chupeta qualquer.
         E   tem a saudade de alguém que se foi para sempre ou só temporariamente . Para mim é a mais complicada, aquela que causa um aperto no peito, choro, e um grande suspiro SE a saudade passar algum dia. A gente pode sentir saudade de tudo, memórias, coisas matérias e até de sensações.
         Já presenciei diversos abraços de despedidas, e de reencontros, aquele momento em que uma indesejada lágrima escapa de seus olhos e você é obrigado a enchugala rapidamente.
      Enfim sentir saudade muda a gente. Cada um demonstra de um jeito, tem gente que chora  muito se distancia mas depois quando passa amadurece um pouquinho. Saudade vem e volta e de certo modo faz bem pois imagina não ter do que sentir saudade?

 É a saudade  que faz  a gente crescer ou retroceder. A SAUDADE É SIMPLESMENTE NECESSÁRIO

instinto

Sabe quando ouvimos uma música que conhecemos  e automaticamente começamos a controlar e batucar no ritmo da musica, eu acredito que pode se...